“A luta da mulher negra, apesar de histórica, sempre foi silenciada pela sociedade, por isso essa data surge como momento de reflexão e de possibilidade de diálogo sobre nosso papel na sociedade, nossas necessidades e nossas dores”. Com essas palavras, a coordenadora municipal de Políticas de Igualdade Racial, Elizabeth Lopes abriu a roda de conversa “Conversas de Pretas”, realizada na tarde dessa segunda-feira, 25 de julho, Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha.
A atividade, realizada na sede da Coordenação de Políticas Públicas de Igualdade Racial, reuniu estudantes, membros da comunidade e representantes do poder público municipal. Na ocasião, os presentes tiveram a oportunidade de ouvir Samira Soares Sá, militante negra que faz parte do coletivo Empoderar e uma das organizadoras da 1ª Marcha do Empoderamento Crespo de Salvador.
Em sua fala a estudante universitária Samira, que pesquisa a estética negra, lembrou que o debate sobre a emancipação das mulheres negras e a luta contra o racismo e a opressão não se resume ao dia 25 de julho. “São as nossas vivências e experiências diárias que fazem com que lutemos e busquemos alternativas de organização todos os dias”, disse.
A professora Ezilda Maria de Oliveira, que levou os alunos da Escola Municipal Cláudio Manoel da Costa para a roda de conversa, destacou a importância da discussão. “Já estava trabalhando esse tema em sala de aula, pois a maioria do público da nossa escola é formado por alunos negros e que, juntamente com suas famílias vivenciam o racismo, por isso a importância de conversar sobre o empoderamento negro, e nesse caso das mulheres negras desde cedo”, concluiu.
O tema também foi discutido com os alunos do cursinho pré-vestibular Dom Climério. Na ocasião, também esteve presente no debate a professora doutora em Sociologia, Núbia Regina Moreira. (Secom/PMVC)
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