Monday, August 01, 2016

Restrição do Facebook impactará campanha eleitoral, diz especialista

Os políticos e os partidos aos quais estão filiados terão de tomar, durante a campanha eleitoral de 2016, uma nova postura de divulgação na rede social mais popular do mundo, o Facebook. Isto porque a empresa americana vem reduzindo cada vez mais o alcance das páginas corporativas, como estratégia de forçar o investimento no alcance pago.

Se antes uma página com 100 mil fãs atingia, gratuitamente, entre 30 mil e 50 mil pessoas, hoje não chega a 10 mil, destaca a professora Mestre Aline Luz, coordenadora do curso de Pós-graduação em Comunicação e Marketing em Redes Sociais da FTC Conquista.


“Os partidos e os políticos agora terão de fazer investimentos financeiros para obter exposição de seus conteúdos, prática que não vinha sendo adotada pela maioria”, avalia Aline, destacando também que muitas empresas de comunicação já começaram a ter quedas de audiência por conta da mudança feita pelo Facebook.

“No caso das empresas de comunicação, o que elas devem estar mais atentas, agora, são nas melhores práticas de indexação e nos mecanismos de busca e melhoria da tecnologia adotada para os sites”, completa.

Esta nova fase na forma de se comunicar por meio da internet e alcançar públicos cada vez maiores exige que políticos, partidos, sites e blogs criem meios com boa qualidade tecnológica.

É preciso adaptá-los para dispositivos móveis, ter produção regular de conteúdo, fazer o uso de técnicas para melhorar o desempenho no Google e outros mecanismos de busca, bem como coletar emails e outros dados de usuários.

Dentro deste contexto, diz Aline Luz, o momento atual, de pré-campanha, deve ser aproveitado para cadastrar simpatizantes e militantes, “e diante disso mobilizá-los continuamente por meio de conteúdos dirigidos”.

“É preciso trabalhar melhor a questão do mailling”, afirmou a professora da FTC, acrescentando que, apesar disso, as redes sociais são meios bastante econômicos e com retorno e alcance garantidos, sobretudo em tempos de crise.

Aline destaca ainda que a internet não serve apenas como um termômetro de tendências comportamentais e opinativas.

“Ela é um espaço livre em essência, no qual é possível se posicionar ideologicamente e interagir com pessoas que possuem interesses semelhantes, assim como é um espaço de debate amplo e sem fronteiras. Além disso, oferece ambientes propícios ao surgimento de novos formadores de opinião, cujas ideias podem ser amplificadas de uma forma inimaginável antes da popularização da internet”, analisou. (Ascom FTC/Mário Bittencourt)





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