Monday, August 01, 2016

INDECORO

Minha vontade de falar
É a mesma da pessoa prostrada
Em operação cirúrgica
A língua dormente me coça
Algumas traduções tardias
Não preciso de sua presença
Como vela em meu leito
Não quero qualquer luz
Que possa ser apagada, por um sopro
De gente ou de vento
Há um soro descendo-me
Como vinagre de alecrim
Serão suas lágrimas? Se indago-me,
será porque as quero...
Enfim, sobra-me algum indecoro.
(N.L.R 01-08-16 - versos livres)

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