Friday, September 21, 2018

GRUPO CAÇUÁ ENCENA “ENTRE A CRUZ, A ESPADA E A ESTRADA - COMO NASCE UM ARTISTA SERTANEJO”, EM OUTUBRO



Texto: Grupo Caçuá
Fotos: Luiz Eduardo Fuiza


A resistência do teatro em Vitória da Conquista passa pela persistência da trupe de atores do Grupo de Teatro Cacuá, de Vitória da Conquista, que em terreno árido, leia-se, quase que total falta de apoios e incentivos, consegue fazer brotar a arte, deixando uma marca de peças e prêmios em duas décadas de intenso trabalho. Para celebrar a reabertura do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima e marcar o aniversário de 20 anos do Caçuá, a volta ao palco será com a encenação da peça "Entre a Cruz, a Espada e a Estrada- Como nasce um Artista Sertanejo", dias 05 e 06 de outubro, no Centro de Cultura.


A montagem do Grupo Caçuá de Teatro aprofunda na pesquisa de repertório popular, no trabalho do ator criador popular e na cultura regional do município, marcas fortes de seus trabalhos anteriores, que caracterizam definitivamente o grupo teatral conquistense. 
  






O Caçuá originou-se na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, no ano de 1998, com o projeto de extensão acadêmica Grupos de Arte da UESB. De lá pra cá, o grupo catingueiro tornou-se independente, reconhecido e premiado no interior baiano por seus espetáculos, projetos e ações na formação de atores e pesquisa com a cultura popular nordestina e sertaneja.  

Seguindo a pesquisa popular e através do Projeto Interno do Grupo: “Solos do Caçuá” nascem os trabalhos: Vidas Secas- Um olhar de Fadriano, solo do atuador Adriano Soledade e o “Entre a Cruz, a Espada e a Estrada- Como nasce um Artista Sertanejo”, solo do atuador Marcelo Benigno. 

Um contador de histórias do Sertão relembra um cordel que fala sobre o sonho de cada um e o sonho de um artista teatral catingueiro, que para consolidar sua arte, resiste aos mais variados problemas e situações.  Enfoca o ofício do ator, a cultura popular e sertaneja, o êxodo rural dos artistas do interior e a crença pessoal em sonhos e ideais. 

O Entre a Cruz estreou em junho de 2005, no Teatro Vila Velha, em Salvador, ainda em junho desse ano, foi o único trabalho do Nordeste selecionado para o Festival de Cenas Curtas, do Grupo Galpão, em Belo Horizonte - Minas Gerais, sendo elogiado pelo público e pela crítica mineira. De volta a Bahia continua a romaria percorrendo Festivais de Teatro e temporadas. Em 2006 ganha o Prêmio Revelação - Profissional de Teatro, no Festival Ipitanga de Teatro em Lauro de Freitas. Retorna aos palcos baianos com temporadas no Teatro Gamboa em Salvador. 

Em 2008, comemorando os 10 anos do Caçuá, ganha o PRÊMIO JUREMA PENNA - Edital de apoio à Circulação de Espetáculos de Teatro, no estado da Bahia, promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia – FUNCEB, e Secretaria de Cultura, com o Projeto: “Água Mole em Pedra Dura... 10 anos de Caçuá aqui e Acolá”, percorrendo cinco cidades entre o interior baiano e a capital, apresentando o espetáculo, oferecendo oficinas e debates do MOVAI- Movimento de Valorização do Artista do Interior, para a comunidade e artistas locais. Participa nesse ano também do Marco do Teatro e Circo no Espaço Xisto Bahia em Salvador. 
Em 2017 é selecionado para compor o Polo Teatral- Festival de Teatro do Interior da Bahia, encerrando a temporada do projeto no Centro de Cultura Amélio Amorim em Feira de Santana com uma apresentação intensa e calorosa plateia. 


Serviço: 
Entre a Cruz, a Espada e a Estrada- Como nasce um Artista Sertanejo 
Data- 05 (sexta-feira) e 06 (sábado) de outubro de 2018 às 20 horas 
Local- Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima- Vitória da Conquista- Bahia 
Ingresso- $20 (inteira) $10 (meia) 
Classificação- Livre 
Apoio Cultural- TV Sudoeste, Rossane Produções, Governo do Estado da 
Bahia, Secretaria de Cultura da Bahia, Centro de Cultura Camillo de Jesus 
Lima 

FICHA TÉCNICA 

ESPETÁCULO: ENTRE A CRUZ, ESPADA E A ESTRADA-  
COMO NASCE UM ARTISTA SERTANEJO 
Grupo Caçuá de Teatro 

Texto, concepção, atuação e direção- Marcelo Benigno 
Co-direção- Marcelo Souza Brito 
Assistente de Direção- Francisco André 
Direção Coreográfica- Aroldo Fernandes 
Figurino- Jhony Karlo e Marcelo Benigno 
Músicos atuadores- Fabiana Araújo, Jefferson Souza, Kleyton Andrade 
Iluminação e Operação de luz- Maick Barreto 
Operador de som- Rafael Lima 
Fotografia- Márcio Lima, Luiz Eduardo Fiuza 
Produção Executiva- Marcelo Benigno  


MARCELO BENIGNO 
DRT: 1909 
Ator e Diretor Teatral 

Marcelo Benigno tem experiência na área de Artes, com ênfase em Teatro, atuando principalmente nos seguintes temas: Arte, Teatro, Interpretação Teatral, Performance, Direção Teatral, Dramaturgia, Licenciatura, Arte Educação, Formação de Atores e Professores, Produção 
Cultural, Cultura Popular. Foi membro eleito do Conselho Fiscal do SATED-BA. Foi Professor Substituto do Departamento de Fundamentos do Teatro, Cursos de Licenciatura em Teatro- Escola de Teatro- UFBA- 2009.2 -2011. Professor de Artes e Teatro na rede pública e privada. É ator, professor de teatro, performer, diretor teatral, dramaturgo e arte educador atuando em vários segmentos e públicos. Idealizador do MOVAI- Movimento de Valorização do Artista do Interior. 
                                                                                                                                                                       Começa a fazer teatro ainda criança, motivado pelos seus professores. Depois de sua primeira peça escolar, ingressa no teatro de Igreja, teatro de Grupo e finalmente, no teatro profissional. Como ator, trabalha com os principais diretores da região Sudoeste da Bahia. Coordena e dirige grupos teatrais na Pastoral da Juventude das Ceb’s Rurais de Vitória da Conquista. Faz parte do Conselho de Arte da Casa de Cultura de Vitória da Conquista.  Fez Magistério, Adicionais em Educação Artística e Letras pela UESB. Em 1997 viaja à São Paulo para a audição dos cursos de Direção e Interpretação Teatral da Oficina Cultural Oswald de Andrade, promovidos pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, no Núcleo Cultural para o espetáculo: “O Assassinato do Anão...” texto inédito de Plínio Marcos, dirigido por Marco Antônio Rodrigues, ganhador de dois Prêmios Mambembes de Teatro, em 1997, e outros em Festivais pelo Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1998 volta a Vitória da Conquista e, através de seleção pública, assume o cargo de Professor de Teatro na UESB- Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, continuando com as apresentações do “Assassinato do Anão...” aos finais de semana no Rio e no interior paulista, além das aulas do curso de Licenciatura em Letras pela UESB. Coordena o Grupo de Teatro da universidade, até o ano de 2002, quando o Projeto Grupo de Arte da UESB, é vetado. Nasce desta ruptura, o Grupo Caçuá de Teatro, que se tornou reconhecido e premiado por seus trabalhos, projetos e ações na formação de atores e pesquisa com a cultura popular nordestina e sertaneja. Dentre estes projetos desenvolvidos destacam-se:  

Dionísias Urbanas: Projeto de pesquisa onde é apresentado, através de improvisação e cenas prontas, os resultados de trabalhos teóricos e práticos, pesquisados pelo grupo. Aberto ao público e à classe artística local; 
Roda de Teatro na praça: Apresentações em espaços abertos da cidade envolvendo a construção de personagens e cenas, mostrando aos transeuntes, o processo de pesquisa cênica desenvolvido pelo grupo, desde o aquecimento corporal e vocal, jogos dramáticos, caracterização e apresentação da cena ou performance pronta. Tudo isso feito nas ruas aos olhos atentos do público; 
Arte para a Comunidade: Projeto em parceria com o Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima promovendo oficina de teatro permanente a jovens da periferia da cidade pertencentes à rede de ensino estadual e municipal da cidade; 
Audições para o Grupo: Permitir o acesso da comunidade ao grupo através de audição pública que retrata os trabalhos e pesquisas desenvolvidas no e pelo grupo para o aproveitamento e desenvolvimento de nossos membros, ampliação do trabalho e divulgação do teatro na cidade. 

É aprovado no curso de Licenciatura e Teatro na Ufba em 2000, continuando as aulas no Grupo de Teatro da Uesb em Conquista, os trabalhos de arte educação, formação de professores, produção cultural e publicidade na cidade, indo e voltando semanalmente entre interior e capital. Em 2005 participa do Projeto Circuladô Cultural - Fundação Cultural do Estado da Bahia – Ministrando Oficinas de Teatro, fruto da pesquisa do Caçuá e do Ator Criador Popular, nas cidades do interior: Vitória da Conquista, Alagoinhas, Valença, Santo Amaro, Cabaceiras do Paraguaçu e Nazaré das Farinhas. 
Em 2006 é o único profissional do interior selecionado no Projeto Circulação Cultural- Categoria Oficina- O Ator Criador Popular. Nesse mesmo ano é convidado pela FUNCEB a integrar a equipe de Professores do Projeto de Capacitação para Grupos Teatrais no Interior, com a coordenação pedagógica da Professora da Escola de Teatro Jacyan Castilho.   

Ainda nesse ano renova a parceria com o SESC e realiza o Projeto: SESC e CAÇUÁ nas Escolas –Ano II- com oficinas e espetáculos teatrais nas Escolas Municipais e Estaduais de Vitória da Conquista. 

Recebe o Prêmio Cultura Viva- 2ª Edição- 2007- Ministério da Cultura- CENPEC. SELO DE RECONHECIMENTO DO PRÊMIO- Pelo Projeto Arte para a Comunidade oferecendo oficinas de teatro gratuitas para a comunidade conquistense, desde o ano 2000, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, espaço cultural da FUNCEB.  
De lá para cá, conclui o Curso de Licenciatura em Teatro pela UFBA, em Salvador, e continua com o intercâmbio interior x capital através do MOVAI- Movimento de Valorização do Artista do Interior; de cursos e oficinas pelo interior através da Fundação Cultural do Estado da Bahia, trabalhando com a pesquisa em culturas populares na metodologia do Ator Criador Popular. Continua na labuta dos espetáculos, prêmios de circulação no interior e estado, projetos de arte educação e produção cultural na região. 

Em 2009 é aprovado no concurso público para provimento da vaga de Professor substituto para disciplinas do curso de Licenciatura em Teatro, da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, onde se formou, acompanhando estágios pedagógicos, dirigindo montagens didáticas e trabalhos de preparação de atores e estudos de elementos do teatro. 

Em 2011, após o término do contrato de Professor na UFBA, é selecionado para o Mestrado em Artes da Cena da Unicamp, em Campinas- SP, com a pesquisa sobre o Caçuá. Nesse período em São Paulo trabalhou na Cia Cênica Aruanã- em São José do Rio Pardo, sendo professor de teatro do grupo, residente num Circo/Escola, que trabalhava com a interseção das linguagens cênicas do Circo, do Teatro e da Dança.  

Em 2013 é selecionado para Curso de Direção, coordenado por Marcia Abujamra em conjunto a Luah Guimarãez, a partir de cenas de dois textos de autores contemporâneos: "A Refeição", de Newton Moreno, e "Carícias", de Sergi Belbel, realizado pela SP Escola de Teatro. 
Em 2014 é convidado para o Núcleo Pedagógico da Secretaria de Educação de Vitória da Conquista trabalhando com a formação dos professores de toda rede com projetos de arte educação e no Projeto Salas de Leituras das Escolas Municipais. 

Em 2015 foi o único performer do Nordeste, dentre os selecionados, para a Performance Transmutação da Carne de Ayrson Heráclito, a qual abriu a Exposição Terra Comunal de Marina Abramovic na América Latina, no dia 10 de março no Sesc Pompeia em São Paulo. Ainda em novembro de 2015 é selecionado para o curso com a Performer Mexicana Violeta Luna: “O CORPO: TERRITÓRIO E FRONTEIRA” junto o Coletivo Rubro Obsceno, e para o Curso de Extensão: “LABORATÓRIO HOMO-EROS – A partir da obra Anatomia do Fauno”, orientado pelo coletivo Anatomia do Fauno e convidados, no primeiro semestre de 2016, ambos promovidos pela SP Escola de Teatro.  


GRUPO CAÇUÁ DE TEATRO 

REPERTÓRIO CAÇUÁ - ENTRE A CAIXA E A RUA  

1. Escola Escolástica de Leitura (1998) caixa;   
2. O Diploma de Gibizinho (1999) caixa;  
3. O Auto da Conquista (1999-2005) caixa; 
4. Ide, O Logia! Vá buscar o Seu Destino (2001) caixa;  
5. O Cordel do Pavão Misterioso e a Cerca (2002-2006) rua e caixa;  
6. A Labuta de Uosto e Francisco contra o danado do Vistribulá (2004) rua;  
7. Entre a Cruz, a Espada e a Estrada - Como nasce um artista Sertanejo (2004-2008) caixa e rua;  
8. O Cangaço na Cidade (2005) rua; 
9. O Casamento de Lady Kally (2006) rua; 
10. Uma Andorinha só não faz... Adaptação popular sertaneja e catingueira do texto de Jorge Amado- O Gato Malhado e a Andorinhá Sinhá- (2006-2007) rua e caixa. 


PRÊMIOS, EDITAIS, CONCURSOS E FESTIVAIS 
   
Edital de Formação e Qualificação Artística e Cultural 2009- Projeto "RIBALTA SERTANEJA - O Ator Criador Popular e o Teatro de Grupo no Interior Baiano", Fundação Cultural do Estado da Bahia - Secretaria de Cultura, Governo da Bahia. 
Prêmio Manoel Lopes Pontes- Edital de Apoio à Montagem de Espetáculos de Teatro- 2008. FUNCEB-BA.  Projeto: “Os Olhos de Cajaíba ou Cajaíba: O Fazendeiro do Ar- Fábula 
Catingueira Conquistense”. Grupo Caçuá de Teatro. 
Prêmio Jurema Penna. Circulação de Espetáculos pela Bahia. 2007/2008 FUNCEB- BA. Espetáculo: Entre a Cruz, a Espada e a Estrada - Como nasce um artista Sertanejo. Projeto Água Mole em Pedra Dura... 10 Anos de Caçuá Aqui e Acolá- Itambé, Vitória da Conquista, José Gonçalves, Salvador, Feira de Santana. 
Prêmio Cultura Viva- 2ª Edição- 2007- Ministério da Cultura- CENPEC. SELO DE RECONHECIMENTO DO PRÊMIO- CATEGORIA: Grupo Informal. 
Festival Nacional Teatro da Bahia-2007- 1ª Edição- Espetáculo: Uma Andorinha só não faz...” Adaptação popular sertaneja e catingueira do texto de Jorge Amado- O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Grupo Caçuá de Teatro- Teatro de Rua- Praça da Piedade e Cruzeiro de São Francisco- Pelourinho- Salvador- BA. 
Prêmio Estímulo a Montagens de Espetáculo de Pequeno Porte-2006. FUNCEB-BA. 
Espetáculo: Uma Andorinha só não faz... Adaptação popular sertaneja e catingueira do texto de Jorge Amado- O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Grupo Caçuá de Teatro. Vitória da Conquista, Poções- BA. 
II Mostra de Artes SESC Pelourinho- 2006- Espetáculo convidado: Cordel do Pavão Misterioso - Grupo Caçuá de Teatro- Teatro de Rua – Cruzeiro de São Francisco- Pelourinho e Praça da Piedade- Salvador BA. 
Festival Ipitanga de Teatro- 2006- Prêmio: Profissional de Teatro Revelação- Espetáculo: 
Entre a Cruz, a Espada e a Estrada - Como nasce um artista Sertanejo.  Lauro de Freitas – BA. 
Projeto Circuladô de Verão – 2006- Edital- FUNCEB- BA. Oficina: Trabalho de Ator. 
Feira de Santana – BA. Parceria: Cuca-UEFS, Prefeitura Municipal de Feira de Santana- BA. 
Projeto Circuladô Cultural- 2006- Edital- FUNCEB-BA Oficina: O Ator Criador Popular. Feira de Santana- BA.  
Projeto Circuladô Cultural- FUNCEB 2005 – Prêmio de Circulação de Espetáculos pela Bahia. Espetáculo: Cordel do Pavão Misterioso - Grupo Caçuá de Teatro- Teatro Dona Canô, Santo Amaro- BA. 
VI Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto- 2005- Espetáculo selecionado: Entre a Cruz, a Espada e a Estrada - Como nasce um artista Sertanejo - Grupo GALPÃO. Belo Horizonte-MG. 
Projeto Amostrão Vila Verão 2004- Teatro Vila Velha – Salvador-BA. Espetáculo: O Cordel do Pavão Misterioso - Grupo Caçuá de Teatro.  
Projeto Teatro de Cabo a Rabo 2003- Teatro Vila Velha – Salvador-BA. Espetáculos: O Auto da Conquista e Cordel do Pavão Misterioso - Grupo Caçuá de Teatro. 

                             

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